Após uma viagem cansativa, Eu, Wagner Novais e Luciano Vidigal desembarcamos e fomos direto para a abertura do Festival, sem tempo pra nada, tudo corrido. Nosso irmão Cadú Barcellos perdeu o vôo e chegou um dia depois.
Fomos muito bem recepcionados pela produção do Festival, apesar do imenso medo do idioma alemão e do frio de 4 graus.
Após a abertura só queríamos correr pro hotel e descansar, foi o que aconteceu.
Um encontro marcou nossas vidas, conhecemos um cineasta alemão chamado Neco Celik, filho de turcos, com uma humildade imensa e com uma história de batalha e transformação muito parecida com a nossa no Brasil, ele é considerado o Spike Lee do país. Um revolucionário. O encontro foi num aconchegante Café. Logo a semelhança de ideologia veio á tona, deixando Celik super a vontade, a ponto de nos levar pra seu bairro e em seguida seu apartamento, contando toda a história local... O cara é um símbolo de esperança e quebra de esteriótipo. Após o encontro que injetou adrenalina cultural em nossos conceitos, nosso foco era a exibição.
Horas antes conversamos no quarto do hotel sobre o que falar, o que focar.
O fato é que 5X UPP apesar de ter uma singularidade, é mais valioso como documento histórico por conta do tema abordado, um dos mais falados e preocupantes do mundo, a segurança pública do Rio de Janeiro.
O público aceitou muitíssimo bem, os brasileiros agradeceram por esclarecer sua dúvidas sobre o projeto de Policia Pacificadora, que apesar da esperança da melhora, ainda há muito que melhorar. Após houve um debate caloroso de 1h 30m, ficando ainda muitas perguntas para serem respondidas depois do debate, ali no saguão mesmo. Ainda bem que somos 4 diretores.
Logo partimos pra mais um jantar com a delegação brasileira. Só fera:
Silvio Tendler, Karim Ainouz,Érick Rocha, Gustavo Pizzi, Sandra Kogut, Flávia Castro, Henrique Dantas, Helena, Tuniko Melo e a Diretora do Festival Ilda com a sua produção nota 10.
Não podendo esquecer dos nossos queridos Ricardo Cota (Sec. de Comunicação) e o renomado jornalista "Peninha". Fechando a noite maravilhosamente bem.
No dia seguinte conseguimos tempo pra comprar algumas lembranças e conhecer os pontos históricos de Berlim, graças aos nossos amigos locais, Kal, Hiara e Ingrid.
Bom retornar ao Brasil com a autoestima mais elevada, descobrindo o quanto estamos participando da história cultural e cinematográfica do Rio de Janeiro e o quanto temos que trabalhar. O maior peso na bagagem é da responsabilidade de repassar essa experiência,
e como a arte pode mudar o ser humano. Eu sou prova disso.
Até breve e "dunke" (obrigado).
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